Sei que o tema é polêmico, mas necessário ser debatido,
principalmente num momento que as urnas tentam dar recado a todos os políticos.
Leituras mil podemos fazer, mas uma delas é constante nas conversas de amigos,
barbearias, esquinas, padarias, etc, por que os servidores públicos tem alguns
privilégios que o trabalhador "normal" não tem, como folgar no dia do
trabalhador em primeiro de maio e também no dia do servidor público no dia 28
de outubro. Se não bastasse isto, quando cai em sábado ou domingo, alguns
políticos pegam a caneta e assinam um decreto passando a comemoração para um
dia de semana, e lá se vai mais uma "folginha".
Hoje no Vale do
Taquari, um número grande de prefeituras não trabalham, afinal na segunda-feira
nestas cidades, era comemorado o dia da reforma protestante, sendo feriado em
várias delas, amanhã é feriado, encaixa-se no meio o Dia do Servidor Público,
não é mera coincidência não, mas sim uma forma de não abrir para o público,
isso mesmo, para aqueles que o servidor trabalha, para realizar os serviços que
ele necessita ou poderia necessitar.
Dia primeiro de
maio é dia do trabalhador, esse que hoje está na labuta para tentar vencer a
meta do mês, a produção da indústria, o serviço que tem quer ser realizado, mas,
quando isto não ocorre, com certeza o trabalhador compensou num dia de férias,
em horas que foram recuperadas, etc. Com certeza você irá dizer, no dia do
trabalho o servidor público trabalha, não ele também folga.
Imagine no dia do
ginecologista, este profissional não trabalhar, afinal é o seu dia de comemorar
a profissão, como ficam os partos?
Dia do mecânico de
automóveis, e você fica empenhado na estrada com a família, o que fazer? Arruma
um hotel ou dorme no carro, no dia seguinte você será atendido e ponto final.
Já se for dia do radialista e houver por exemplo uma enchente, não tem
problema, São Pedro segura as águas, no dia seguinte ela vem, todos conseguem
sair de suas casas a tempo, claro que o "homem" que cuida das
torneiras celestiais vai entender, dia do radialista, vinte e quatro horas sem
rádio. Sem serviço de utilidade pública.
A culpa não é do
servidor público, é do político que assina o decreto, talvez sem ter a exata
noção de quanto isto esta prejudicando a imagem do trabalhador do setor e, nos
dias de hoje isso tem aumentado cada vez mais.
Se o político é
eleito para representar a sociedade, basta fazer uma pesquisa para ver que ela
não quer esta situação. Vamos nos modernizar.
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